Sindimed cobra atualização de salários atrasados e reivindica reajuste salarial para médicos do Hospital Nestor Piva
A manhã da última terça-feira, 3, foi marcada por mais uma ação de fiscalização do Sindicato dos Médicos do Estado de Sergipe (Sindimed). Desta vez, no Hospital Municipal Zona Norte Doutor Nestor Piva, localizado na avenida Maranhão, bairro 18 do Forte, em Aracaju. O sindicato foi ao local para apurar denúncias de atraso salarial envolvendo os médicos da unidade.
Desde 2019, a unidade é administrada por uma empresa terceirizada, por meio de um contrato emergencial firmado pela Prefeitura Municipal de Aracaju (PMA), por intermédio da Secretaria Municipal da Saúde (SMS).
Atualmente, os médicos estão com os salários pagos até o mês de setembro, mas há expectativa de que o pagamento referente a outubro seja efetuado apenas em dezembro. A informação foi confirmada pelo diretor do Centro Médico do Trabalhador, Dr. Marco Aurélio Pinto.
Segundo ele, o único repasse que o hospital recebe é da Prefeitura de Aracaju, que acumula um atraso de R$ 8 milhões, correspondente a dois meses.
“Estamos desde outubro sem receber o repasse, mas já estamos tomando providências para regularizar essa situação”, destacou o diretor.
Ele também ressaltou os investimentos realizados pela empresa na administração da unidade, tanto em serviços quanto em recursos humanos.
Durante a fiscalização, o presidente do Sindimed, Dr. Helton Monteiro, e o diretor, Dr. Brunno Goes, percorreram as instalações do hospital, que, segundo eles, estão em boas condições, analisaram os serviços oferecidos e conversaram com os médicos sobre as condições de trabalho e a situação trabalhista.
Reajuste salarial
Além de cobrar o pagamento dos salários atrasados, a direção da entidade sindical reivindicou reajuste salarial para os médicos e a antecipação dos pagamentos, que, segundo denúncias, demoram em média 40 dias para serem efetuados aos profissionais contratados como pessoa jurídica (PJ).
O hospital conta atualmente com cerca de 400 funcionários, distribuídos entre diversas categorias. A escala médica inclui 11 clínicos pela manhã e 9 pela tarde; 2 ortopedistas durante o dia e 1 à noite; e 3 profissionais na sutura, sendo 2 durante o dia e 1 à noite. Em média, são atendidas cerca de 700 pessoas diariamente na unidade.
O Conselho Regional de Medicina (CRM) também monitora o funcionamento do hospital, cobrando relatórios trimestrais.
O presidente do Sindimed, Dr. Helton Monteiro, afirmou que continuará acompanhando de perto o desenrolar da situação, com o objetivo de assegurar que os salários sejam pagos em dia e que as condições de trabalho dos médicos sejam adequadas.